Além da capacidade de tradução, C-Mask pode fazer ligações e
enviar mensagens ao ser pareada com um smartphone via bluetooth
Assim como são testadas possíveis vacinas contra a Covid-19,
também são estudados novos materiais e tecnologias para as máscaras de proteção
facial que previnem a doença. Em setembro, a empresa japonesa Donut Robotics
pretende lançar uma máscara capaz até de traduzir idiomas.
Denominado C-Mask, o acessório, que foi anunciado em junho,
tem uma função de Bluetooth que pode parear com o celular. A "smart
mask" surgiu a partir de uma guinada no foco da empresa após o surgimento
do coronavírus. Até então, a companhia criava robôs para aeroportos com funções
de tradução.
"Nós trabalhamos por anos para desenvolver um robô e
nós usamos essa tecnologia para criar um produto que responde a como o
coronavírus mudou a sociedade", afirmou à Reuters o CEO da Donut Robotics,
Taisuke One.
Como funciona a C-Mask?
A máscara se conecta a um smartphone por meio do Bluetooth e
aí pode fazer diversas funções: fazer ligações, transcrever falas para enviar
mensagens e traduzir do japonês para oito idiomas diferentes.
Uma outra funcionalidade da novidade é a sua capacidade de
amplificar a voz quando estiver falando com alguém - uma das principais
reclamações de quem usa máscara é o som abafado da voz ao tentar conversar com
alguém.
Os desenvolvedores da companhia japonesa levaram apenas um
mês para adequar as funções utilizadas no robô para a máscara. A companhia
ainda tem planos de expandir o uso dela para outras tecnologias, como realidade
aumentada e virtual, ainda sem explicar como.
A previsão é que as primeiras cinco mil C-Masks comecem a
chegar ao mercado japonês em setembro por US$ 40 (cerca de R$ 235 na cotação
atual). A empresa já se disse disposta a levar o produto para outros países,
mas não esclareceu quando.
Máscaras "assassinas"
As inovações presentes nas máscaras são muitas e têm sido
feitas por diversos países. E se por exemplo as máscaras, além de impedir que o
novo coronavírus se espalhe, pudessem matá-lo também? É o que uma equipe da
Universidade de Indiana, nos EUA, criou.
No início do ano, os pesquisadores descobriram que o
Sars-Cov-2 depende de forças eletrostáticas para infectar as pessoas. Em maio,
a equipe anunciou o desenvolvimento de um tecido feito de poliéster com pontos
circulares de prata elementar e zinco alternados que confundem as propriedades
eletrocinéticas do vírus, diminuindo sua capacidade de infectar as pessoas.
O tecido gera um campo elétrico fraco usando baterias de
microcélulas quando exposto à umidade que bloqueia a capacidade de infecção.
Atualmente, a tecnologia é usada como curativos por sua capacidade de matar
vírus e bactérias e por ser inofensivo aos humanos.
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