Céu Azul: Mais de 70% dos brasileiros acham que vão sair da pandemia mai...


Mais de 70% dos brasileiros acham que vão sair da pandemia mais generosos, mais solidários.
Mais de 70% dos brasileiros acham que vão sair da pandemia mais generosos, mais solidários.


 Em 2020, 117 milhões de brasileiros fizeram algum tipo de doação. Mais de 60% das pessoas que receberam alguma doação, também doaram

Solidariedade. É isso o que tem feito a diferença nessa pandemia. Em 2020, 117 milhões de brasileiros fizeram algum tipo de doação. O resultado? 86 milhões de pessoas receberam esse afeto.

Para a dona de casa Geiza da Silva Cruz, que é mãe de quatro filhos, essa ajuda chegou na hora certa. "Na minha geladeira, estou com água, uma garrafa de suco e meio quilo de costelinha. No momento, está sendo só doações mesmo, de quilo a quilo", conta.

Foi o trabalho de muitas mãos solidárias de um bazar que garantiu a ajuda. Lá, todo dinheiro arrecadado vira alimento.

“Com a pandemia, muita gente perdeu emprego, muita gente está sem o que comer dentro de casa e vem aqui”, conta Renata Rosa Viana, coordenadora do projeto Rumo Certo.

Mesmo quem vive com pouco, sabe dividir. Segundo o Instituto Locomotiva, mais de 60% das pessoas que receberam alguma doação, também doaram.

“Essa realidade da periferia brasileira, onde todo mundo ajuda todo mundo, é, sem dúvida nenhuma, uma lição de humanidade e de solidariedade para aqueles outros brasileiros que têm mais dinheiro e tiveram mais oportunidades, mas que, muitas vezes, esquecem de cumprir o seu papel nesse momento de crise”, diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Hely Costa é arte-educador e está usando a sua própria arte para ajudar. Das mãos dele nascem telas solidárias. O trabalho é leiloado pela internet, mas o pagamento é diferente.

“Você olha a tela e fala assim: 'Essa tela para mim vale tanto'. Então você vai reverter esse valor em doação, mas de uma forma que você use as suas mãos para ajudar outras pessoas sabe”, explica o artista.

Das mãos de Sandra, o valor que ela pagaria pela pintura virou doação de alimentos em Itabira, na região central de Minas. “Ele está feliz, mas quem está mais feliz é quem colabora”, conta a professora Sandra de Freitas.

Reginaldo morou nas ruas por 20 anos. A doação trouxe alívio e alegria. “Tem esse macarrão parafuso que eu amo comer ele, e feijão que é bom para ficar fortinho”, diz.

Na roda da solidariedade, vale o velho ditado: uma mão lava a outra.

“Solidariedade é a gente poder sentir o que o outro está passando e poder refletir e doar aquilo que a gente pode, seja um alimento, seja um ato de esperança, seja um trabalho para pessoa ter dignidade de comprar aquilo que ela deseja”, afirma Renata Rosa Viana.

 


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