Gorduras
trans
Nos anos 2000, vários países começaram
a exigir que os fabricantes informassem a quantidade de gordura trans nos
rótulos dos alimentos, o que fez a indústria buscar alternativas mais
saudáveis. Em 2010, a OMS recomendou a eliminação das gorduras trans da
alimentação, e muitos países, incluindo o Brasil, passaram a adotar
regulamentações para restringir seu uso. Apesar dos avanços, o consumo de
alimentos ultraprocessados ainda representa um desafio para a saúde pública.
Elas existem de duas formas: naturais e artificiais.
Gorduras
trans naturais: Estão presentes em pequenas quantidades em alimentos de origem
animal, como carne e leite. Elas são produzidas no estômago de alguns animais,
como vacas e ovelhas. Em doses moderadas, essas gorduras naturais têm um
impacto menos significativo na saúde.
Gorduras
trans artificiais: Estas são criadas em fábricas, por meio de um processo chamado hidrogenação. Nesse processo, os óleos
vegetais líquidos recebem hidrogênio para ficarem mais sólidos. Por exemplo, é
assim que se faz a margarina ou o creme vegetal. As gorduras trans artificiais
estão mais associadas a desequilíbrios metabólicos e são prejudiciais à saúde.
O nome "gordura trans" vem
da transformação da estrutura química dessas gorduras. As moléculas de gordura
têm partes chamadas ligações duplas.
Nas gorduras normais (chamadas cis),
essas ligações deixam as moléculas com um formato curvado. Já nas gorduras
trans, as ligações estão "do lado oposto", o que faz com que as
moléculas fiquem retas. Essa diferença na estrutura é o que dá às gorduras
trans suas características únicas, como a capacidade de permanecer sólida à
temperatura ambiente.
As gorduras trans são populares na indústria alimentícia por
várias razões:
ü Duram mais: Alimentos feitos com gorduras trans
demoram mais para estragar.
ü Baratas: Produzir essas gorduras custa menos
do que usar manteiga ou óleos naturais.
ü Melhoram a textura: Elas deixam os alimentos mais
crocantes ou cremosos.
ü Podem ser reutilizadas: Em restaurantes e lanchonetes, óleos
com gorduras trans podem ser usados várias vezes para fritar alimentos.
Por essas razões, elas foram
amplamente usadas em produtos como batatas fritas, bolachas recheadas, pipoca
de micro-ondas e massas congeladas.
Apesar de serem práticas para a indústria alimentícia, as gorduras
trans artificiais são muito prejudiciais à saúde. Nosso corpo não precisa delas
e elas podem causar vários problemas:
ü Colesterol ruim: As gorduras trans aumentam o
colesterol ruim (LDL) e diminuem o colesterol bom (HDL). Isso pode levar ao
acúmulo de gordura nas artérias, aumentando o risco de doenças do coração e
derrames.
ü Inflamações no corpo: Elas causam inflamações nas células
do corpo, o que pode piorar doenças crônicas.
ü Diabetes tipo 2: Consumir muitos alimentos com gordura trans pode aumentar o risco de diabetes.
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Alimentos Deliciosos, Mas Perigosos: A Verdade Sobre a Gordura Trans |
ü Obesidade: Alimentos ricos em gordura trans
geralmente têm muitas calorias e pouca nutrição, contribuindo para ganho de
peso.
As
gorduras trans artificiais causam vários danos à saúde: promovem inflamação
crônica, resistência à insulina, disfunção das células, aumentam o colesterol
ruim (LDL) e reduzem o bom (HDL), além de afetarem o intestino e o cérebro.
Estão associadas a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade,
problemas cognitivos, disbiose intestinal e aumento do risco de alguns tipos de
câncer.
Para
saber se um alimento contém gorduras trans, é importante ler os rótulos das
embalagens. Procure por termos como:
"Óleos parcialmente
hidrogenados"
"Gordura vegetal
hidrogenada"
Mesmo
que a embalagem diga "0g de gordura trans", isso pode não ser
totalmente verdade. Se o alimento tiver menos de 0,5g por porção, ele pode ser
rotulado como "sem gordura trans". Por isso, é importante verificar
os ingredientes.
Devido
aos riscos à saúde, muitos países começaram a proibir ou limitar o uso de
gorduras trans artificiais:
ü Nos
Estados Unidos, a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos) proibiu a adição de
óleos parcialmente hidrogenados em alimentos desde 2018.
ü Países
como Dinamarca e Canadá também baniram essas gorduras.
ü A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma meta global para eliminar as
gorduras trans industriais até 2025.
ü No
Brasil, a ANVISA também adotou medidas para limitar o uso dessas gorduras.
Essas medidas têm ajudado a reduzir os
problemas causados por essas gorduras em várias partes do mundo.
Aqui estão algumas dicas
práticas para evitar consumir essas gorduras:
ü Prefira
alimentos frescos ou caseiros ao invés de industrializados.
ü Leia
sempre os rótulos dos produtos antes de comprar.
ü Substitua
margarinas por manteiga ou azeite.
ü Evite
frituras frequentes; prefira assados ou grelhados.
ü Escolha
gorduras saudáveis, como as encontradas em abacate, castanhas e azeite de
oliva.
A
abordagem funcional integrativa propõe a eliminação completa das gorduras trans
artificiais, combinada a estratégias personalizadas. Isso inclui dietas ricas
em antioxidantes, ômega-3 e fibras, que combatem a inflamação e restauram o
equilíbrio metabólico. Além disso, incorpora práticas como desintoxicação
hepática, suporte ao microbioma intestinal e manejo do estresse, reconhecendo o
impacto das gorduras trans não apenas no corpo, mas também na saúde mental e
emocional.
Responda
1) O que é gordura trans?
2)Que
produtos alimentícios podemos encontrar gordura trans hidrogenada?
3)Por
que a indústria usa gordura trans artificial?
4)Quando
as gorduras trans foram descobertas?
5)Por
que elas foram criadas?
6)Qual
tipo de colesterol a gordura trans aumenta?
7)As
gorduras trans naturais são encontradas em que alimentos?
8)O
que a gordura trans pode causar no corpo?
9)Qual
é a meta da OMS sobre gordura trans?
10)Quais alimentos têm gorduras boas para substituir as ruins?
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